sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Tempos de Crise

Ontem como hoje a crise assola-nos, aliás não só nos assola como nos assapata completamente e até abota.

Essa é no entanto a nossa vantagem. Portugal nasceu em virtude da birra dum filho da mãe que se fosse hoje era posto no olho rua e tinha que ir pedir subsídio de reinserção, cresceu tomando terreno aos mouros que hoje nos azucrinam a cabeça com penáltis inventados, descobriu o Brasil mas agora se quer futebolistas dos bons vai buscá-los à Argentina, andou 48 anos a juntar ouro para chegar à conclusão que não chegavam os ourives todos de Gondomar para transformar aquilo em apitos; nacionalizou os Bancos para fazer descansar por 5 anos os coitados dos Banqueiros. Entendeu que já era descanso a mais e voltou a devolver-lhe os Bancos de novo (inteiros por fora mas com uns gajos de cabelo comprido e calças à boca de sino que foram buscar sabe-se lá aonde). Aí os Banqueiros foram-se cobrar com retroactivos, alguns desde o tempo daquele antepassado filho da mãe de que falamos no princípio. E agora aí estamos de novo – Banqueiros de castigo. Hoje são as “mães de Bragança” que se insurgem porque os seus maridos em vez de andarem no bairro vermelho trabalham em Bancos, têm contas em Bancos, têm amigos bancários.

Por tudo isto, e por muito mais que o tempo não nos permite dizer, é que surgimos de novo para salvarmos o mundo, ou pelo menos, para salvarmos o nosso mundo (a vivenda, o Mercedes, a amante e o lugar no “Dragão”).

Confiem em nós, votem em nós ou pelo menos deixem-nos viver como podemos e não se irão arrepender, ou, caso se arrependam vão ver que há sempre uma palavra de alívio para todo o mal que vos faremos – CRISE!

Porto Notabilis